Nem Verde Nem Vermelho

Nem Verde Nem Vermelho

Nem Bolsonaro nem Lula!

Em 24 horas, vimos ambos os extremos da manifestação democrática dos últimos 20 (vinte) anos mais preocupados com o poder, satirizando e  ironizando a  pandemia para defender seus respectivos pontos de venda, ops, vista, passando por cima da crise, acima das demissões, acima das Falências, acima das dificuldades de toda a sorte que empresários estão tendo para manter negócios e emprego, acima de mortes, que inundam manchetes e aumentam estatísticas em caráter mundial.

Não se trata de liberar protocolos de uso de combinações de medicamentos, trata-se de termos uma governabilidade neste país e ambos os mencionados mostraram que nunca o fizeram em sua totalidade em prol de um país continental, subdesenvolvido e de população em sua maioria pobre e que tem ainda o maior abismo entre classes, que se evidencia dia-a-dia com a quarentena.

Não se trata de direita ou esquerda, pois os prejuizos estão todos ao nosso redor.    Sofreremos ainda mais, nos próximos meses, com os prejuizos, demissões, falência, calotes, perda de renda, de consumo, de crescimento, da necessidade de um alongamento do programa de renda mínima e de socorro a empresários e de reforma sanitária, sem falar do prejuízo no ano escolar do ensino público.

Mas hoje, infelizmente, trata-se mais de Frente e Costas, isto é, precisamos discutir sim, o quanto o governo enfrenta mais de frente a crise, por meio de políticas públicas emergenciais não apenas pontuais, mas de socorro “efetivo” pelos próximos 4 (quatro) trimestres. Não podemos passear de jet ski e dar as costas para a realidade dos hospitais públicos, para as mortes que lotam cemitérios e para as famílias que perdem mais que a renda e o emprego, mas as pessoas de seu núcleo.

A obsessão pelo poder e pela reeleição deve dar lugar à um olhar efetivo, de forma que os auxílios cheguem às pessoas que mais necessitam, sejam elas físicas ou jurídicas. A vida é mais preciosa do que o palanque e merece ser privilegiada. Até porque sem eleitores, não há democracia, não há economia, não há crescimento.

Precisamos de menos palanque e mais estadismo. Precisamos de um rosto, um discurso e um programa de governo que não privilegie tanto a cor, mas que privilegie a bandeira, a nação de forma indistinta.

Nossa nação carece de estadistas (não de políticos) que queiram de fato resolver pela ordem, questões de Saúde, de Educação, de Emprego, de Habitação, de Ciência e Tecnologia, de Economia, que olhe o desenvolvimento das cidades de forma sustentável e que consiga garantir voz e presença no cenário mundial.

Tamanho e riqueza nós temos. Falta condução e visão.

Minha esperança como brasileiro, não é o poder simplesmente sair com  segurança da quarentena. É mais do que isso. Espero sinceramente que o Eleitor nas próximas eleições consiga pesar toda as perdas sofridas que ficaram para trás, os prejuizos diretas e indiretas sofridas até então, seja de emprego, de educação, de renda, de pessoas queridas e etc. , sem se deixar influenciar pela retórica política dos nomes ao seu derredor e que estampam manchetes, exercendo o direito de voto sem viés, sem olhar o líder sindical nem o ex-militar, sem ser importar se as cores são vermelhas ou verdes, sem pensar em Atibaia ou Guarujá, sem se importar com a cloroquina ou com o jet ski, mas sim, se importando definitivamente com este País.

Precisamos de uma luz ao final deste tunel.