ADRS – AMERICAN DEPOSITARY RECEIPT

ADRS – AMERICAN DEPOSITARY RECEIPT

É o certificado de ações que permite a empresas estrangeiras (incluindo as brasileiras) negociarem os
seus títulos nas Bolsas de Valores dos Estados Unidos.

Os recibos de depósitos americanos foram introduzidos em 1927 como uma maneira mais fácil para os
investidores norte-americanos comprarem ações em empresas estrangeiras. Não-americanos, as
empresas também se beneficiam de ADRs, pois facilitam a atração de investidores americanos.

Antes que existissem ADRs, se os investidores americanos quisessem comprar ações de uma empresa
listada fora dos EUA, eles teriam que comprar as ações nas bolsas internacionais. A compra de ações em
bolsas internacionais tem possíveis inconvenientes, particularmente questões de câmbio e diferenças
regulatórias. As empresas de capital aberto têm que responder aos órgãos reguladores com jurisdição
sobre seu país.

Nos Estados Unidos, o órgão regulador é a Securities Exchange Commission (SEC), que trabalha para
proteger os investidores. Os órgãos reguladores implementam e aplicam regras sobre as empresas,
incluindo como as empresas devem apresentar informações financeiras pertinentes. Antes de investir
em uma empresa de capital aberto, os investidores norte-americanos precisavam se familiarizar com as
diferentes regras ou arriscar entender mal as informações importantes, como as finanças da empresa.

Na prática, os ADRs são títulos que atuam como facilitadores entre investidores e empresas
estrangeiras, possibilitando a comercialização das ações a um preço favorável para ambos.

Onde, por definição, o ADR é um certificado emitido por um banco americano em solo americano à
partir do lastro em recibos de ações emitidos por uma empresa estrangeira em outro pais.

De modo mais simples, suponha que uma empresa com capital aberto no Brasil decida negociar as suas
ações em uma das Bolsas de Valores dos Estados Unidos. Neste caso, uma das alternativas será a
emissão de ADRs.

Caso opte por emitir ADRs, inicialmente a empresa deverá solicitar que as ações destas empresas
sejam custodiadas em uma instituição depositária brasileira, sendo mandatório que esta instituição
esteja adequadamente habilitada pela Comissão de Valores Mobiliários e que a instituição depositária
detenha autorização de funcionamento junto ao Banco Central.

A seguir, nos EUA, um banco emite recibos relacionados a esses títulos sob custódia e os disponibiliza
em um mercado de balcão (OTC) ou Bolsa de Valores, sob a forma de ADR. Assim, para atuar, cada
empresa recebe um código único correspondente em ADR e estes recibos podem já ter sido negociadas
anteriormente (apenas em alguns casos) ou ser totalmente novas.

Divisão de níveis de ADR´s:

Os American Depositary Receipts são divididos em 3 nívei:

  • No Nível 1, as ações são negociadas apenas no mercado de balcão. (OTC)
  • No Nível 2, as ações são negociadas diretamente nas Bolsas de Valores, como NASDAQ e NYSE.
  • No Nível 3, uma Oferta Pública é lançada. Semelhante ao IPO, mas apenas de ADRs, é
    obrigatório que as ações disponibilizadas nesse nível sejam novas (esta exigência não se aplica
    aos níveis inferiores). Onde há um significante aumento no aporte financeiro da organização,
    por atraírem atenção e levantamento de capital mais facilmente.

Os detentores de ADRs recebem dividendos e ganhos de capital em dólares americanos, mas os
pagamentos de dividendos em outras moedas são convertidos em dólares americanos, líquidos de
despesas de conversão e impostos estrangeiros.

O American Depositary Receipt pode ser composto por uma única ação, pela fração de uma ação ou por
um conjunto (pacote) de ações. Sendo o valor das ações, negociado em dólar (USD) acompanhando a
cotação no país de origem (no caso, o Brasil).

Os detentores de ADRs não precisam realizar transações em moedas estrangeiras, com o título detido
por uma instituição financeira dos EUA no exterior. As ADRs são negociadas em dólares americanos e
são liquidadas por meio de sistemas de liquidação nos EUA. Os bancos dos EUA exigem que as
empresas estrangeiras forneçam informações financeiras detalhadas, facilitando a avaliação da saúde
financeira da empresa em comparação a uma empresa estrangeira que realiza transações somente em
bolsas internacionais.

Para oferecer ADRs, os bancos dos EUA simplesmente compram ações da empresa internacional e as
emitem novamente, geralmente em bolsas dos EUA. Um ADR pode representar as ações subjacentes em
uma base de um por um ou pode representar uma fração de um compartilhamento ou várias ações.
O banco depositário define a proporção de ADRs dos EUA por ação do país de origem em um valor que
agrade aos investidores. Se o valor de um ADR for muito alto, ele pode deter alguns investidores, mas se
for muito baixo, os investidores podem pensar que os títulos subjacentes se assemelham a ações de
tostão mais arriscadas.

Do ponto de vista do investidor, os ADRs facilitam a compra de ações de empresas estrangeiras. Com
custos reduzidos, a partir do corte de impostos e custos de administração estrangeiros, é possível operar
de forma mais lucrativa.

Já do ponto de vista das empresas, ter ADRs em circulação abre a possibilidade de disponibilizar as suas
cotas de forma mais barata nos EUA, podendo alcançar um mercado vantajoso (afinal, o país é o maior
em volume de transações de renda variável).